EPIs e EPCs: o que são e quais as diferenças entre eles

EPIs e EPCs: o que são e quais as diferenças entre eles20
Nov
2024
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De acordo com a legislação trabalhista brasileira, é dever do empregador identificar os riscos presentes no ambiente de trabalho, adotar medidas preventivas e fornecer os recursos necessários para proteger a saúde e a integridade física de seus colaboradores. E garantir condições seguras de trabalho não é apenas uma exigência legal, mas um compromisso com o bem-estar, a produtividade e a vida de sua equipe.

Para apoiar esse compromisso, a legislação prevê duas categorias de equipamentos de proteção, regulamentadas por normas do Ministério do Trabalho: os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). Ambos são indispensáveis para a prevenção de acidentes e seu uso devem ser orientados pela análise dos riscos presentes no local de trabalho, conforme exigem as normas de segurança.

Neste artigo, vamos entender tudo sobre esses dispositivos e porque eles são essenciais para a segurança do trabalho e não devem ser ignorados. Acompanhe.

 

O que são EPIs? 

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) costumam ser mais conhecidos pela maioria das pessoas. Por definição, é todo dispositivo ou acessório de uso individual, destinado à proteção do trabalhador contra riscos que possam ameaçar a sua segurança ou saúde durante a realização de suas atividades.

De acordo com a NR-6, todas as empresas são obrigadas a disponibilizar, gratuitamente, os EPIs adequados ao risco inerentes às atividades desempenhadas por seus trabalhadores.

A norma estabelece que os EPIs devem ser utilizados em três situações específicas:

- sempre que as medidas de segurança coletiva não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho;

- enquanto as medidas de proteção coletiva (ou EPCs) ainda estiverem em fase de implementação;

- para atender a situações de emergência.

Isso quer dizer que os Equipamentos de Proteção Individual devem ser utilizados quando não for possível eliminar totalmente os riscos do ambiente de trabalho por meio de soluções coletivas. Ou seja, quando a proteção coletiva não for viável, insuficiente e/ou temporariamente indisponível para a eliminação completa dos riscos. Por isso, é importante destacar que os EPIs não substituem os equipamentos de proteção coletiva (EPCs), mas sim complementam a segurança, reduzindo e evitando lesões que podem decorrer de acidentes.

Entre os EPIs mais utilizados nas indústrias estão:

- Capacetes e balaclavas para a proteção da cabeça;

- Protetores auriculares e abafadores de ruídos para proteção auditiva;

- Óculos e viseiras para proteção de olhos e face;

- Luvas e mangotes para proteção de mãos e braços;

- Máscaras e filtros para proteção respiratória;

- Coletes e macacões para proteção do corpo;

- Sapatos, botas e botinas para proteção de pernas e pés.

- Leia também: 10 EPIs para eletricista indispensáveis para evitar acidentes

 

O que são EPCs?

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCssão dispositivos instalados e utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger simultaneamente todos os colaboradores expostos a um determinado risco. Ao contrário dos EPIs, que atuam diretamente na proteção individual, os EPCs são voltados à prevenção de riscos coletivos presentes na rotina e nos processos operacionais da empresa.

Dessa forma, podemos afirmar que os Equipamentos de Proteção Coletiva são fundamentais para a construção de ambientes mais seguros, pois agem diretamente sobre as fontes de risco, evitando a exposição de todos os trabalhadores.

Um bom exemplo disso é o sistema de bloqueio e etiquetagem (LOTO) que, quando implantado em uma operação, impede que máquinas ou equipamentos sejam energizados durante instalações ou manutenções, protegendo toda a equipe envolvida.

Mas não basta apenas aplicar dispositivos: a efetividade dos EPCs também depende de uma cultura de segurança bem estabelecida, com atitudes diárias, atenção constante, ciclo de treinamentos e compromisso coletivo com a prevenção de acidentes.

Conforme o Ministério do Trabalho (MTE), o uso dos EPCs é previsto nas normas regulamentadoras, como a NR-4, NR-10NR-12 e NR-33. Cada uma delas estabelece as diretrizes específicas sobre as medidas de proteção coletiva que devem ser adotadas de acordo com a atividade exercida e os riscos envolvidos. O objetivo é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores durante a execução de suas tarefas a todo momento.

Alguns exemplos de EPCs utilizados na indústria são:

Cadeados de bloqueio e garras de bloqueio LOTO: utilizados para impedir o religamento acidental de máquinas, equipamentos ou painéis elétricos durante manutenções.

- Placas de sinalização e faixas de segurança: comunicam perigos e delimitam áreas de risco;

- Cones, correntes e barreiras físicas: criam obstáculos visuais e físicos para controlar o acesso a zonas perigosas;

- Sirenes, alarmes e alertas luminosos nas empilhadeiras: indicam movimentos e situações de risco, prevenindo acidentes;

- Grades de contenção: estruturas físicas que isolam áreas perigosas para evitar o acesso não autorizados;

- Barreiras contra luminosidade ou radiação: protegem os trabalhadores da exposição a agentes nocivos provenientes de processos específicos;

- Sistema de ventilação e exaustão: eliminam gases, vapores ou poeiras contaminantes, promovendo a qualidade do ar e prevenindo riscos à saúde.

– Leia também: 7 EPCs para eletricista indispensáveis para evitar acidentes

 

Importância dos EPIs e EPcs na segurança do trabalho

Os equipamentos de proteção individual e coletiva são extremamente importantes para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores.

Eles não apenas atuam como barreiras físicas contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, mas também representam o compromisso da empresa com a integridade física da sua equipe. A utilização adequada desses equipamentos reduz a probabilidade de acidentes, contribuindo para um ambiente mais controlado e seguro.

Além disso, investir em proteção efetiva impacta positivamente a saúde mental dos colaboradores. Saber que a empresa se preocupa em criar condições seguras e fornecer os equipamentos adequados reduz o estresse e a ansiedade relacionados ao medo de acidentes, e fortalece o sentimento de valorização e bem-estar no ambiente profissional.

Investir em EPIs e EPCs é investir em um clima organizacional mais saudável e produtivo. Ambientes onde os riscos são minimizados promovem maior confiança e engajamento por parte dos colaboradores. Além disso, reflete diretamente na imagem institucional da empresa, mostrando responsabilidade social e cuidado com as pessoas.

Mais do que proteger vidas, esses equipamentos impactam diretamente na sustentabilidade financeira da empresa. A adoção efetiva de medidas de proteção reduz de forma significativa os custos diretos e indiretos decorrentes de acidentes de trabalho, como afastamentos, processos judiciais, indenizações, perda de produtividade e danos à reputação da organização.

E aqui, vale destacar que não basta apenas fornecer os equipamentos. A empresa também tem o dever de orientar, treinar e fiscalizar o uso adequado dos EPIs e EPCs no dia a dia. Essa atuação e cuidado contínuo é fundamental para garantir que os trabalhadores estejam realmente protegidos e que a cultura de segurança seja, de fato, incorporada na rotina da organização.

 

Diferenças entre EPIs e EPCs

Por fim, de maneira breve, é possível afirmar que os principais diferenciais entre os equipamentos de proteção individuais e coletivos são:

Critério

EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)

EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva)

DefiniçãoDispositivos ou acessórios de uso individual para proteger o trabalhador contra riscos.Dispositivos instalados no ambiente de trabalho para proteção coletiva contra riscos.
Normas RegulamentadorasNR-6NR-4, NR-10, NR-12, NR-33

Finalidade

 Reduzir ou evitar lesões em caso de acidentes. Prevenir acidentes e riscos coletivos de forma geral.

Uso

Deve ser utilizado quando medidas de proteção coletiva não são viáveis, eficientes ou suficientes.Sempre prioritário, quando possível implementar medidas de proteção no ambiente de trabalho.

Prioridade

 Usado principalmente quando EPCs não são suficientes.

Sempre que necessário implementar medidas de proteção coletiva.

 

 

EPCs na prática: como a TAGOUT fortalece a proteção coletiva nas empresas

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